“Sei que a bondade e a fidelidade me acompanharão todos os dias da minha vida, e voltarei à casa do Senhor enquanto eu viver.”
(Salmos 23.6)
Viktor Frank, psicólogo judeu que sobreviveu aos campos de concentração nazistas, escreveu uma obra cuja questão central é esta. Ele fala do valor da esperança e da necessidade de se acreditar no amanhã. O que nos sustenta são nossas certezas quanto a vida e o que nos destrói é a falta delas. Para sermos felizes precisamos de boas certezas. O salmista as tinha.
Não se tratavam de pensamentos positivos, de ilusões juvenis ou ingenuidades. Ele tinha certezas de fé referentes a Deus. Estava completamente seguro de que a bondade e a fidelidade de Deus o acompanhariam todos os dias de sua vida e para sempre estaria em Sua presença. Esta é uma das certezas cristãs para a vida. Ela não se firma em nós porque sabemos algo ou lemos determinado livro. As certezas sobre Deus que sustenta a vida nos momentos em que ela mais corre risco se firmam no cotidiano, no exercício da fé e na experiência com Deus. Vêm como decorrência de muitas orações, algumas respondidas e outras não. De dúvidas que levam tempo para se diluírem e exigem momentos a sós com o Pai, de conversas conosco mesmos e da escolha de continuar crendo. Num mundo que se esqueceu de Deus, aqueles que carregam certezas sobre Ele não as obtiveram no simplismo religioso.
Se queremos ser felizes precisamos ir além de nossas rotinas religiosas, pois precisamos nutrir certezas que nos sustentem diante dos revezes, altamente possíveis, da vida. Por isso não passe um dia sequer sem conversas de fé, com Deus e com pessoas. Exercite-se espiritualmente tomando decisões em função de valores do Reino de Deus, como amor, fidelidade, pureza, humildade e tantos outros. E assim, dia a dia, a presença de Deus será tão certa, que as incertezas da vida não serão capazes de roubar sua felicidade.
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