domingo, 16 de dezembro de 2018

A TRISTE HISTÓRIA DE DINÁ

A opressão da mulher é uma chaga social presente no mundo há milhares de anos. Somente nas últimas décadas é que as sociedades dos países considerados desenvolvidos ficaram mais conscientes desse problema e tomaram medidas para acabar com esse problema.
 No Brasil, estamos no meio do caminho – muitas conquistas já foram feitas (medidas para fazer valer a igualdade dos direitos, Lei Maria da Penha, etc), mas ainda há muito por fazer. 
Infelizmente, um dos maiores focos de discriminação das mulheres é a própria família – velhos hábitos demoram a morrer… Para exemplificar o que acabei de dizer, basta pensar num típico almoço de domingo na casa de uma família brasileira. A família está toda reunida em torno da mesa. Pergunto: quem está na cozinha nesse momento? E depois, quem vai lavar a louça? Acredito que todos saibam a resposta: na esmagadora maioria dos casos, serão as mulheres. Os homens ficarão batendo papo, comendo e vendo televisão.
Um dos mais importantes aspectos da opressão da mulher dentro da própria família é a usurpação do direito dela a ter voz própria. E há um exemplo muito triste na Bíblia que demonstra bem como isso é feito:

A história de Diná (Gênesis capítulo 34 versículos 1 a 29)
Diná, filha de Jacó, saiu de casa sozinha para ver as “filhas da terra” – possivelmente outras moças da região onde morava. Foi um comportamento estranho, naquela época, pois as mulheres virgens nunca saiam de casa sozinhas.
Ela foi vista por Siquem, um príncipe da cidade de mesmo nome, e ele aparentemente usou de força para ter relações sexuais com a jovem – a Bíblia usa a palavra “humilhar” para se referir ao que ele fez com Diná. Mas depois do ato, Síquem tomou-se de amores pela moça e pediu ao seu pai, Hamor, que a conseguisse em casamento. 
Hamor foi até Jacó e prometeu um dote pela moça e ofereceu aliança entre seu povo e o clã de Jacó. Durante essa negociação, Diná foi mantida na casa de Hamor (versículo 26).
Simeão e Levi, irmãos de Diná, responderam que somente poderiam consentir no casamento se Siquem e todos os demais homens da sua cidade fossem circuncidados. Hamor concordou e assim foi feito. Aproveitando-se do período de convalescença dos habitantes de Siquem, após a dolorosa cirurgia, Simeão e Levi mataram a todos e pilharam seus bens. 
Levaram, também, Diná de volta para casa de Jacó, onde terminou seus dias, de forma melancólica – não sendo mais virgem, não podia se casar com outro homem e quem queria se casar com ela, Siquem, tinha sido morto.
A interpretação tradicional dessa história apela para a sociologia dos clãs.  A cultura daquela época se baseava no princípio da força – quem podia mais, chorava menos. Então, para ter alguma segurança, as pessoas passaram a se organizar em clãs. Dentro de um clã, todos os homens eram obrigados a defender e vingar as afrontas sofridas por qualquer membro do grupo. E fazendo parte dum grupo as pessoas se sentiam mais protegidas.
Atacar uma pessoa significava provocar a ira de todo seu clã. Assim, a chave de tudo era a capacidade do clã de reagir às ofensas e quem não fazia isso demonstrava fraqueza, tendo sua existência ameaçada. Logo, quando um clã tomava vingança por uma afronta, o objetivo não era somente punir a ofensa em si, mas também demonstrar força.
E a violência contra as mulheres – como o estupro de uma virgem – era uma ofensa particularmente grave. É nesse contexto que a história acima precisa ser considerada – a reação exagerada de Simeão e Levi teria servido como demonstração que o clã de Jacó não estava indefeso.
Agora, essa história admite uma leitura completamente diferente: um caso de amor proibido. Teria havido aí a tentativa do casal Diná e Siquem de “forçar a barra para conseguir o consentimento da família da moça para seu casamento. E essa versão explica muito melhor os fatos ocorridos.
Primeiro, a saída de Diná para ver as “filhas da terra”. Isso foi um ato de enorme imprudência e só faz sentido se Diná tinha um objetivo em mente que não contou para ninguém – encontrar-se com Siquem e dar início ao processo que levaria ao seu casamento. 
Depois, nenhuma das palavras usadas no texto da Bíblia pode ser traduzida exatamente como “estupro”: a palavra “humilhar” refere-se a qualquer relação sexual ilícita, como a que houve entre os jovens, pois eles não eram casados. 
O amor repentino de Siquem não teria feito sentido depois de um estupro, mas tem tudo a ver com a versão de um amor proibido. Na verdade, Siquem já amava Diná em segredo e depois que a relação dos dois se tornou pública, ele declarou seus sentimentos e implorou ao pai que conseguisse a mão da moça em casamento. 
O fato da moça ter sido mantida na casa de Siquem durante as negociações entre as famílias também fala muito a favor da hipótese de um amor proibido.
A opressão da mulher
Existe um importante aspecto a ser considerado, ao qual os analistas não costumam dar muita importância: a voz da própria Diná nunca foi ouvida. Em momento nenhum os irmãos a consultaram para saber qual seria sua vontade, muito menos pensaram de fato no que seria melhor para ela. 
Pelo contrário, quando mataram Siquem, eles tiraram dela qualquer possibilidade de reconstruir sua vida e a condenaram a viver como morta-viva na casa paterna. Tanto foi assim, que Deus condenou a atitude dos irmãos de Diná e os puniu com a perda do direito de primogenitura  (Gênesis capítulo 49, versículos 5 a 7). O maior mal foi causado a Diná pela sua própria família.
É claro que a sociedade da Bíblia era muito mais machista do que a sociedade brasileira atual. Mas o mesmo tipo de opressão feita a Diná continua a ocorrer, não pelas mesmas razões e certamente não da mesma forma. 
O pior é que muitas vezes a própria Bíblia é usada como “instrumento” desse processo – são comuns leituras distorcidas do texto bíblico que mostram a mulher como menos capaz intelectualmente ou mesmo mais fraca diante da tentação (por exemplo, quando se afirma que Eva teria levado Adão a pecar). 
Uma estratégia sutil, mas não menos cruel, muito usada atualmente é alegar que decisão sendo tomada, contrária à vontade da própria mulher, é para seu “bem”. Alguns exemplos de justificativas que já em diferentes momentos da minha vida foram: o marido tem mais experiência do que a esposa para decidir e ele é o “cabeça do casal”; ou o pai deve resolver tudo para que a filha não precise esquentar a cabeça; ou ainda a mãe viúva precisa ser tutelada pelos filhos para ser defendida dos perigos do mundo.
O pior é que muitas vezes as mulheres são as primeiras a dar apoio ao processo que as vitimiza – porque se sentem inferiores (talvez por terem menos estudo) ou mesmo porque foram educadas assim (paradoxalmente, por outras mulheres). 
Nós, precisamos aprender a reconhecer essas situações e aprender a dizer não para elas. Lutar para que todas as pessoas, homens e mulheres, sejam tratadas da mesma forma e tenha seus seus direitos igualmente reconhecidos tanto na sociedade em geral, como na igreja e também na família. Afinal, perante Deus, todas as pessoas são consideradas iguais.

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

SOLTE, DESAPEGUE, DEIXE IR ...

Estava lendo uma reflexão sobre DESAPEGO, isso lembra que as vezes é preciso soltar e deixar para trás o que está te fazendo mal... " Quando começa a esfriar, a acalmar, dissipar, atenuar, é preciso saber o momento de soltar, deixar ir. Deixar ir a tristeza, a raiva, as desilusões, mas também as risadas, os afetos, as promessas. Deixar ir é um ato inteligente, honesto, justo. Às vezes tudo volta. Outras, não volta nunca. E assim é, às vezes nós voltamos, outras, jamais.

Como um elástico, a gente estica até onde ele vai, mas depois esgarça, perde a forma, ou pior, volta a nós com tal violência que deixa marcas doloridas. Saber o momento de largar é proteção e alívio. É garantia de mãos livres para alcançar e tocar no que tiver vontade.

Seja o que for, se já está passando, desapegue, abra caminho, mostre a saída, despeça-se bem e deixe ir."
Fique Bem!

terça-feira, 9 de janeiro de 2018

HISTÓRIA PESSOAL,O HOLOCAUSTO

A cada ano, nós judeus e decendentes chamados de Bnei Anussin celebramos o dia de momoria pelas vitimas do holocausto. quero compartilhar a história de Jan Peter, história emocionante que sempre quando conto ou lembro me enche os olhos de lagrimas.

Os pais de Jan-Peter eram judeus. Seu pai, Heinz, era um refugiado judeu alemão e sua mãe, Henriette De Leeuw, era judia holandesa. Amedrontados pelo regime ditatorial nazista, e pelo assassinato de um tio de Heinz em um campo de concentração, eles emigraram para a Holanda quando Henriette estava grávida de nove meses, e foram morar em Amisterdã.
1933-39: Jan-Peter nasceu logo depois que seus pais chegaram à Holanda. Quando ele tinha 18 meses nasceu Tommy, seu irmãozinho. Em 1939, os pais e um irmão de Heinz juntaram-se a ele na Holanda, como refugiados alemães. Jan-Peter e Tommy cresceram falando holandês como língua materna, e muitas vezes faziam visitas à família da mãe no interior do país.
1940-44: Os alemães ocuparam Amsterdã em maio de 1940. Por ser muito jovem, apenas 6 anos, Jan-Peter não sentiu grandes alterações em sua rotina de vida, a despeito da ocupação alemã na Holanda. Isto mudou quando ele fez nove anos: os alemães enviaram sua avó para um campo de concentração chamado Westerbork. Seis meses mais tarde, Jan-Peter e sua família foram enviados para o mesmo campo, mas sua avó não esta mais estava lá. Durante o inverno, os Pfeffer foram enviados para um gueto longínguo chamado Theresienstadt, na Polônia, onde Jan-Peter passou frio, medo e fome.
Em 18 de maio de 1944, Jan-Peter foi deportado com a sua família para Auschwitz. Ele foi envenenado por gás em 11 de julho de 1944 . Jan-Peter tinha apenas dez anos de idade.

sábado, 6 de janeiro de 2018

A DOAÇÃO QUE SOU !

Fiquei um tempo sem escrever aqui no blog, e digo que foi um bom tempo mesmo. Muitas coisas estavam acontecendo e o que eu precisava era reorganizar as coisas. To com a cabeça cheia de experiências e vivências para compartilhar com vocês, quero aproveitar nesse primeiro post de 2018 e falar  um pouco sobre doação e doar-se, algo que ouvi do meu amigo Flavio Siqueira e percebi o quanto suas palavras tem uma conexão com a realidade.
E passando, vi que existem aquelas pessoas que doam, e doam para armazenar “gentileza” sobre o seu ego. Vi que alimentam o sentimento  pensando que, porque deu, se se tornou digno e dono da vida de quem deverá ficar dependente pra sempre da generosidade do outro. Vejo que a doação nunca existiu, foi uma armação, até mesmo naquele relacionamento mais “perfeitos”. Considero a importância essencial da correspondência um ao outro entretanto, se isso for o motivo da “entrega “ cedo ou tarde a frustração virá, não falhará. Na vida,estão os vários exemplos de doação. Quando chove a doação vem das nuvens, a luz e calor do sol com doação do universo, até o oxigênio, doação das plantas...Tudo na vida é doação e até mesmo na morte, quando nossa matéria for doada para a terra e se tornar em outras coisas. É o sentido da vida. Tudo que existe deixará de ser para que novas coisas, novos recomeços, novas realidades surjam.

sábado, 8 de julho de 2017

A MALA JÁ ESTÁ PRONTA

Um grande amigo faleceu e durante os últimos dias de vida dele estive do seu lado na UTI. Enquanto aguardava o corpo para o sepultamento fiquei no meu quarto, reflexivo, abatido...vi que estava perto da porta, uma mala pronta já a dias para uma viagem que iria fazer à trabalho, e enquanto lamentava sua partida, olhava pra uma mala e refletir sobre tudo que acontecera.
A vida é uma viagem e para alguns ela é curta, há  aqueles que vivem 20, 30, 50, anos, já para outros é longa, vivem, 80, 90 ate mais de 100 anos. O objetivo da viagem é o mesmo mas o tempo da viagem é diferente e mesmo sem conhecer o roteiro, o que importa é saber para onde esta indo, saber o destino final desta viagem chamada vida .

A verdade é que quanto mais longo o destino mais cansativa se torna a viagem e mais contratempos e problemas e deceções se sofrerá, e se a mala estiver muito pesada? e se for com coisas desnecessárias?
O importante de toda a viagem, são duas coisas:
1º SABER O DESTINO
2º CHEGAR AO DESTINO
Como em toda viagem, todos nós levamos uma mala, uma bagagem.  E quando vamos viajar, não deixamos para arrumar a mala 5 minutos antes, não é verdade? E porquê?
Por que nós não sabemos como iremos estar, o que iremos fazer, como estará o clima e por isso levamos a bagagem de acordo com a necessidade e tempo, não é assim? E se levamos coisas desnecessárias, quem é que vai sofrer as consequências? Nós próprios! Pois carregaremos peso desnecessário e vamo-nos aborrecer, pois, para encontrar as coisas de que realmente precisamos será ser mais difícil.
Assim como chamo a vida de " viagem " costumo chamar essa " mala " de ALMA.
Esta mala é a sua, a minha alma! E não podemos permitir que ela esteja sobrecarregada e com coisas que só estão ocupando espaço, causando peso e aborrecimentos.  Nos estamos numa viagem e essa viagem pode chegar ao seu fim a qualquer momento e, uma coisa é certa, a alma, ou a “mala”, não pode ser preparada minutos ou segundos antes, já tem que está pronta, preparada e arrumada.Boa viagem, e que nós nos encontremos no mesmo destino
Fique bem !

quarta-feira, 24 de maio de 2017

AQUELE MOMENTO DO ABRAÇO

Ontem foi celebrado o dia do abraço. Enviei mensagens para todos os meus amigos virtuais e abracei quem eu encontrei. 
Mas, para mim todos os dias são dias de abraço. Quem me conhece sabe como sou, abraço a todos! Sei que tem aqueles que não gostam muito, mas já ouvi de muita gente muitas vezes a frase: "...isso era tudo o que eu precisava hoje!". E como isso me dá aquela sensação de: ganhei meu dia! Noto que enquanto o mundo esquenta, o amor esfria. 
Somos portadores de "geladeiras" sociais onde o único toque que impera é o do Touch screen! Vivemos de curtidas artificiais e sentimentos congelados.
Amanhã será outro dia... As mensagens sobre o dia do abraço já não serão mais enviadas, mas por favor, se você me ver, me de um abraço, aquele abraço!  Enfim, seja você homem, mulher, parente, amigo, colega, minha admiradora, idosos ou crianças, volte a exercitar o "tato" antes que você fique dormente pra vida, e perca o maior ingrediente de todas as "massas": O AMOR em formato de ABRAÇO. 
Se morresse hoje, na minha lápide estaria escrito: "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã!"

quinta-feira, 18 de maio de 2017

JÁ SENTIU SAUDADES DE CASA ?

Já sentiu uma forte vontade de voltar pra casa? Aquela sensação de que o lugar onde você está parece que não é realmente o lugar de onde você pertence? 
Talvez isso venha soar estranho e meio contraditório para algumas pessoas mas, só aquelas que já sentiram isso conseguem me entender ou por que não dizer que nos entendemos? 
O que mais parece é como se estivéssemos caminhando em um caminho inverso ao dessa humanidade gigantesca que caminha como efeito manada para algum lugar, buscando um sentido absoluto ou como se caminhássemos em um sentido como um relógio em contagem regressiva. 
A ideia que carrego é que nada acontece pelo acaso, mas tudo tem um propósito maior ou menor, e é através desses propósitos que surge aquela sensação de dever cumprido e bate a saudade de voltar pra casa. As  nossas relativizaçoes é que nos condiciona a pensar assim e até manter essa possível crença substancial de que o macro se projeta no micro.
Fique Bem !

segunda-feira, 10 de abril de 2017

RETIREI O EXCESSO DA MINHA MOCHILA.


Nunca fui um cara bom pra fazer as malas. Sempre tinha aquela sensação de que estava esquecendo alguma coisa, e aí já se sabe né? colocava a casa toda na bagagem, pois não entendia nada sobre necessidades.
E aí, ? O que levar? Se faz frio,se faz calor,se tem festa,se tem jantar, se tem sol, chuva ?
Tem de tudo afinal, o que é necessário para viver? O que você leva em sua mochila?
Que pesos pretende tirar?
Como quer viver?

Para viver, é necessário desapegar e se a mochila pesa, a gente precisa deixar algumas coisas para trás, pessoas também. Sempre  ouvi: leve apenas o necessário.

Depois de um tempo você aprende que o necessário não é muito nem pouco, mas é apenas o necessário, o equilíbrio para ser feliz. Necessário é a coragem para seguir o caminho é Fé para olhar o horizonte, acreditar.

A vida precisa ser vivida, então: excessos à parte. Desapegue de coisas ou pessoas, se apegue apenas a Deus. Coloque a mochila nas costas e aproveite o caminho. Bagagem a gente leva para a vida, o excesso dela deixe para trás, sem dó e aperto no peito.

Os ciclos mudam, as bagagens também. Ninguém precisa de mochila pesada, precisamos do necessário para ser feliz, se isso for pés descalços e cabeça erguida va em frente.

Viver sempre foi uma necessidade, maior do quê qualquer bagagem.

sábado, 1 de abril de 2017

FUI AJUDA-LO A CHORAR

Como anda seu envolvimento com as outras pessoas?
Você é daqueles que se fecha em seus problemas, em suas dificuldades, nem sequer querendo saber se existe alguém à sua volta que precisa de ajuda?
Ou você é daquelas almas que já consegue se envolver com as dores alheias, procurando diminuí-las, ou pelo menos não deixando que alguém sofra na solidão?
Há uma certa passagem que pode ilustrar isso. Foi vivida pelo autor Leo Buscaglia, quando, certa vez, foi convidado a ser jurado de um concurso numa escola. O tema da competição era: A criança que mais se preocupa com os outros.
O vencedor foi um menino cujo vizinho – um senhor de mais de oitenta anos – acabara de ficar viúvo. Ao notar o velhinho no seu quintal, em lágrimas, o garoto pulou a cerca, sentou-se no seu colo e ali ficou por muito tempo.
Quando voltou para sua casa, a mãe lhe perguntou o que dissera ao pobre homem.
Nada. – Disse o menino – Ele tinha perdido a sua mulher, e isso deve ter doído muito. Eu fui apenas ajudá-lo a chorar.
*   *   *
A pureza do coração das crianças é sempre fonte de ensinamentos profundos.
Geralmente costumamos dizer que não estamos aptos a ajudar alguém, por não sermos capazes, ou porque sabemos tão pouco para consolar.
Para muitos, essa é uma posição de fuga, uma desculpa que encontramos para mascarar o egoísmo que ainda grita dentro de nossa alma, dizendo que precisamos primeiro cuidar de nós mesmos, e que os outros são menos importantes.
Para outros, isso reflete a falta de esclarecimento, pois precisamos compreender que todos temos capacidade de auxiliar.
Não nos preocupemos se não conhecemos palavras bonitas para dizer, ou se não podemos conceber uma saída miraculosa para uma dificuldade que alguém atravesse.
Nossa companhia, nosso ombro amigo, nosso dizer Estou aqui com você, são atitudes muito importantes.
Muitas vezes, o que as pessoas precisam é de alguém para chorar ao seu lado, para estar ali, afastando o fantasma da solidão para longe, e não permitindo que os pensamentos depressivos tomem conta de seu senso.
Outras vezes, mais importante que os conselhos, que as lições de moral, é o nosso abraço apertado, nosso tempo para ouvir o desabafo de alguém.
Não precisamos ter todas as respostas e soluções dos problemas do mundo em nossas mãos, para conseguir ajudar.
Os verdadeiros heróis são aqueles que ofertam o que têm, o que sabem, e, mais do que tudo, ofertam seus sentimentos, suas lágrimas aos outros.
 Você sabia?
 Você sabia que não precisamos dizer Meus pêsames, às pessoas, quando enfrentam a morte de um ente querido?
O dicionário nos diz que a palavra pêsames, significa pesar pelo falecimento ou infortúnio de alguém. Assim sendo, torna-se um termo muito pesado, já que aprendemos a compreender a morte, não como um desastre, um infortúnio, e sim uma passagem, uma mudança na vida daquele que parte, e daqueles que ficam.
Não nos preocupemos em ter algo para dizer. Um abraço fala mais do que mil palavras. Uma prece silenciosa é como uma brisa suave consolando os corações que passam por esse momento.

domingo, 5 de março de 2017

QUANDO TUDO A FAZER É CAIR DE JOELHOS.


Você já teve uma incrível experiência onde Deus se moveu de uma maneira grande? Tudo parece incrível. Até que de repente, tudo da errado. Aquele incrível bem estar vai por água a baixo , aquele encontro incrível de Deus parece ter desaparecido há muito tempo. O que aconteceu? O mundo real havia chegado - problemas, desafios, turbulências ao longo da estrada, fazendo com que essa experiência de topo de montanha fosse ficando mais distante.



No Evangelho de Mateus, os discípulos de Jesus tiveram uma experiência como essa. Eles haviam sido usados ​​poderosamente por Deus. Então eles encontram um homem que não puderam ajudar. A vida desse homem foi duramente atingida por uma situação perturbadora, era um pai desesperado cujo filho tem sido atormentado por convulsões e ninguém sabia o que fazer. Os discípulos de Jesus não sabiam o que fazer diante da situação. O pai ja estava exausto, estressado e temeroso, então caiu de joelhos na frente de Jesus e desesperado pediu ajuda.

A situação parecia desoladora. E, no entanto, este acaba por ser o momento certo - O ponto de mudança na jornada de fé desse homem. Foi também um ponto crucial na jornada de fé dos discípulos por que eles viram a ação da fé daquele pai.


Muitas vezes, é preciso chegar ao fim de nosso eu para a fé real mudar uma situação real da vida real. Eu não posso dizer-lhe o número de vezes que eu ja me joguei aos pés de Jesus por causa de uma situação por que ja foram muitas. Cair de joelhos, muitas vezes no meio da noite, na madrugada, e em diversos lugares. É nessas vezes que eu sinto que o espírito do Senhor se infiltra. Essa é a esperança que tenho toda vez que me coloco de joelhos. É no ponto em que chegamos ao fim da nossa força, nosso conhecimento, nossas opções - de que Deus realmente pode começar a se mover.



Isso aconteceu na história em que um pai estava perdendo o seu filho. Quando aquela circunstancia da vida quase esmagou esta família, Jesus cura o menino - uma lição aprendida pelos discípulos, também e o mesmo serve para nós. Você já chegou a um ponto de desespero como este pai? talvez você até esteja vivenciando uma situação de muita dificuldade e até lhe parece impossível reverter e se sente até impotente... Será que essa não seria a hora de cair de joelhos diante de Jesus e se agarrar ao Seu poder sobrenatural? Assim como os discípulos não puderam fazer nada, tem coisas que com a gente é assim também. Só Jesus !